Boa aparência, maquiagem e cabelo sempre em dia, brincos e demais acessórios, roupas e calçados da moda, aquela alegria, disposição e simpatia o tempo todo e com todos (pelo menos é o que se demonstra). Muitas vezes confundimos autoestima com essas características físicas, externas ou até forçadas (como estar feliz o tempo todo). Porém, o real significado de “autoestima” vai muito além da aparência.
É claro que esse real significado também considera a importância do autocuidado, mas vai além, com mais profundidade, e abrange as outras dimensões humanas igualmente, ou seja, o físico, o psíquico e o espiritual.
A autoestima é o conjunto de pensamentos, sentimentos e atitudes que uma pessoa tem sobre si mesma(o). É também uma autoavaliação que inclui suas qualidades, defeitos, escolhas, emoções, entre outros aspectos, que podem afetar de forma positiva ou negativa a sua vida.
A autoestima começa a ser formada nos primeiros anos de vida, quando começamos a criar nossa visão de mundo através de contato e vivências com nossos pais, professores e amigos. Através dessas relações e vivências, desenvolvemos uma ideia de como acreditarmos que devemos ser, juntamente com variáveis situacionais e de personalidade que compõem o amplo componente da autoestima. Dessa forma, a visão que temos de nós mesmas (os) influencia todas as nossas decisões e escolhas mais importantes, formando assim, o tipo de vida que estamos criando. Por isso que a autoestima é tão valiosa, pois pode afetar todos os aspectos de nossas vidas.
Por exemplo, se nós temos baixa autoestima, o medo muitas vezes nos amedronta quando observamos nossa própria realidade. E somos acompanhados por diversos sentimentos como o de rejeição, desprezo e insatisfação por nós mesmas (os). Nós chegamos a pensar que significamos muito pouco ou nada e tentamos nos escondermos atrás da insegurança e desconfiança, que nos faz distanciar dos outros.
Quando temos baixa autoestima, somos muito sensíveis às críticas internas e externas. Por isso, sem uma certa quantidade de autoestima, é impossível nós nos satisfazermos de nossas necessidades. E então, esquecemos que somos nós mesmos, que temos a habilidade de estabelecer quem somos e do que gostamos, sem julgamentos e críticas.
Alguns dos pontos que fazem a autoestima ser tão importante:
- nos permite administrar melhor às críticas;
- nos ajuda a aceitar desafios com mais facilidade;
- tem uma grande influência na nossa capacidade de resiliência;
- nos ajuda a aprender com os erros, nos libertando da culpa;
- nos influencia na qualidade de nossos relacionamentos e interações interpessoais.
A autoestima não é definida pelo sucesso social que conquistamos, pelo físico ou pela fama que temos. Mas sim pelo que está dentro de nós como a nossa integridade, responsabilidade e congruência consigo mesma (o).
Uma das melhores escolhas que podemos fazer em benefício próprio e pelos nossos objetivos (não importa quais sejam eles), é se dedicar a ter uma boa autoestima. Afinal, “O amor a si mesmo é o ponto de partida para o crescimento da pessoa que sente a coragem de assumir a responsabilidade por sua própria existência ” (Viktor Frankl).
Psicóloga Nágila Secchi – CRP 06/120728
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