Nágila Secchi

Psicóloga

Auto-estima e Desenvolvimento Pessoal

Nágila Secchi Psicóloga

Fome Emocional: a saciedade das emoções momentâneas

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Você já ouviu o termo “Fome emocional?”. Pode parecer estranho, mas existe. Comemos naturalmente por causa de uma necessidade fisiológica humana. No entanto, algumas vezes, e muitas sem perceber, buscamos alimentos específicos que tragam uma sensação de prazer momentâneo. É uma necessidade vinculada à sentimentos aflorados, àquele momento que tudo o que queremos é algo para se satisfazer.

Diferente da fome emocional, a fome física ocorre quando nosso organismo pede pelo alimento. Ela não está ligada a algo exclusivo e não tem sinal de emoção. É uma necessidade de suprir a energia do corpo com alimentos variados. Já a fome emocional ocorre a partir das emoções, sentimentos. É uma sensação de alívio momentâneo, além da tentativa de fugir de sentimentos negativos.

Algumas das diferenças entre a fome física e fome emocional são pontos importantes para você saber diferenciar uma da outra e lidar melhor com elas. Por exemplo: a fome física vem gradualmente, o estômago “ronca”, sente “sente dor”, não tem preferência por alimento e passa quando come. Já a fome emocional vem de repente, a pessoa fica pensando em comer alimentos seletivos como açúcares, gorduras, por exemplo, e não passa, mesmo com estômago cheio.

Na fome emocional ocorre o uso dos alimentos como uma ajuda para regular o nosso humor. Ou seja, a ingestão perde seu significado original de nos nutrir com os elementos que precisamos para nosso desempenho físico, trazendo a falsa sensação de suprir muitas
situações de tristeza, raiva, frustração ou decepção que nos oprimem diariamente. E se não temos as ferramentas e recursos pessoais para lidar com eles, torna-se fácil e tentador recorrer à comida para aliviar o desconforto.

É importante lembrar que, ao consumir certos tipos de alimentos, ativamos o circuito de recompensa do cérebro, que nos dá sensações agradáveis. No entanto, esse bem-estar é temporário e, mais cedo ou mais tarde, a dificuldade latente ressurge. Só que desta vez
acompanhado pelo sentimento de culpa por ter comido mais do que o necessário. Para interromper o ciclo da fome emocional, devemos ser capazes de reconhecê-la e agir de acordo.

Mas, como evitar a fome emocional?

Se prestarmos atenção aos sinais já mencionados neste artigo, não será difícil entender com qual tipo de fome estamos lidando. Agora, o que podemos fazer uma vez que reconhecemos a fome emocional?

Em primeiro lugar, ficar atenta (o). Quando sentir fome, pare e tente identificar de que tipo é, seguindo os parâmetros acima. Em seguida, seria muito benéfico fazer um registro no qual você pudesse anotar quais situações ou emoções despertam fome emocional em você.

Algumas pessoas recorrem a esse tipo de dieta para acalmar a ansiedade, outras para deixar de sentir tristeza ou vazio.

Uma vez identificadas as emoções desencadeantes, é hora de adquirir ou desenvolver estratégias de enfrentamento mais saudáveis. Você pode recorrer à meditação, à respiração diafragmática ou à escrita terapêutica. Qualquer opção que o ajude a processar esse estado
emocional desconfortável será adequada. Depois, devolva aos alimentos à sua função. Lembre-se e diga a si mesma (o) que eles são o combustível do seu corpo e não o atalho da sua mente para evitar a dor.

Para fazer isso, tome uma decisão firme de dissociar a comida de seus estados emocionais. Quando sentir que seu equilíbrio emocional está comprometido, coloque em prática uma alternativa mais funcional e saudável.

E, se perceber que a situação está muito difícil, procure uma ajuda profissional.

 

Psicóloga Nágila Secchi – CRP 06/120728
Atendimento online para adolescentes, jovens e adultos.

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